Percorro o trilho inevitável Presa na ânsia de aventura Este medo que perdura... Medo de coisas estranhas.
Tenra ocasião me afasta Do que o oculto dá asas Portas do Reino de Esparta Decerto não quero fechá-las.
Minha é a voz que ressoa, De quem ao querer quer ceder. Que seja boa a pessoa, Que seja ledo o terraço, Mas não para esta voz que ecoa Pois no tempo ofusco esvoaço.
Na corrente de vidas aprisionadas Com tantas afamadas nulidades E meras intenções partilhadas, Dispenso frivolidades.
Essas ambições badamecas. Sim, que ao inútil só chegam. O ávido levam ao desterro: Que raio de emperro!
Este traçado fútil Manso vem enquanto rio. Esboço que não me perfaz Tenho medo... Medo do seu poderio.
Porque não deixar para trás Tão apreciada garantia? Rumar sobre qualquer pendor, Esquecer preceitos de geografia, É andar a outro sabor.
Assim o descontrolo acontece E no frágil ser irrompe Mas rápido desaparece...