Eu sou uma peça de fruta.

É engraçado confrontar peças de fruta expostas em caixas de papelão ou de plástico empilhadas com um padrão que procura obter a mais aprazível e saborosa. Se é feia, naturalmente não será boa e se aparenta umas pintinhas castanhas insignificantes, então o mais provável é ter lepra e por isso não se pode ingerir!
Tentam escolher sempre as mais atraentes e bem-parecidas, e qual não é o seu espanto quando, refastelados à mesa, se apercebem de que aquela peça de fruta tão formosa, na realidade é desprovida de outra qualquer qualidade. Pois bem, que olhem e venerem a peça de fruta tão bonita que pela sua escassa acumulação de glicose, apenas serve para isso mesmo: para fogo-de-vista. Utilidade nem prová-la, nem cheirá-la.
Que fruta tão enganadora, não?!

(Todos nós somos peças inconstantes num mundo de peripécias atribuladas. Mais concretamente ... peças de fruta !
Estes rodeios todos para afirmar que uma grande parte da nossa sociedade escolhe e avalia os seres humanos com que se relaciona da mesma forma trivial que faz o abastecimento de fruta da semana lá para casa - que mente lerda a minha!)

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Não é mero fruto do acaso que a esmagadora maioria dos meus posts sejam agressivos e obscuros (para não falar de confusos). Aquilo que não se impõe como tal é indescriptível, e não merece ser referido; merece ser vivido (nessas e noutras alturas tenho mais que fazer! :p).
É verdade, criei este blog para mim. Porque não tenho inúmeros seguidores nem inúmeros comentários fúteis. Porque aquilo que redijo decerto é alvo de interpretações "erradas", mas que se dane.
E porque é agradável, deixo aqui, para mim mesma, um pensamento enternecido. Uma ideia oculta, impossivel de ser interpretada. Ela está aqui, basta ler nas entre-linhas. As entre-linhas de algo mais complexo que um texto ou meia dúzia de palavras.

Whole different dimension.

O frenesim da noite intromete-se mais do que devia ...
Movimentei-me em eco, vi-me a dobrar. O mesmo acto executado quase simultaneamente, com uma discordância insignificante de milésimas de segundo. Duas de mim, dois vultos desalinhados. Uma hesitação que entorpece no sobressalto. Uma sensação que quebrou o meu pensamento e estado inertes.
Pensei, repensei. Assombrei a minha inútil mente, e eis que do nada surge pouca coisa.

Um reflexo menosprezável do que nos importuna pede apenas um olhar de desprezo. O que se faz também se desfaz e o que se desfez também se refaz, da mesma matéria ou não. 
Não atino nas dimensões. Porque se há quem profira excessivamente o pronome pessoal “eu”, eu dispenso esta regalia, e fico-me pelo “tu” e quanto muito pelo “nós”.
Eu sou nada; o mundo é nada. É
bonito parecer que se é, mais bonito ainda é sê-lo. Mas há quem me seja muito, e não me possa ser. Mas tudo se fica pelo bonito. 
 
Efectivamente, o frenesim da noite insinua-se mais do que lhe incumbia. Talvez o frenesim da noite seja o mesmo frenesim do dia.

Not grief. that's for sure.

Para que mais ninguém se comova, que perca eu a razão se o elegem.
Que mova em vão o que prescrevem, mas que não me culpem de uma ova!

Prosa ou verso, o sentimento é equivalente.
 
Whateva -.- 

"Off-topic":I might have had the most aguished day ever, but I'm still gonna find something good about it. 
There are a billion people in a much worse situation.